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Georgina Canifrú

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Fiquei impressionada com uma leitura de Murray Schaeffer, [...] menciono isso porque tem a ver com a sua pergunta "por que eu me sinto como uma ouvinte"; este é o meu papel [...] ele diz que todas as pessoas podem ser compositores, vejo como uma possibilidade da minha posição como ouvinte, [...] poder intervir no meu ambiente local. Então eu incorporo no trabalho que estou fazendo, para o projeto que vocês me convidaram,  a paisagem sonora de Santiago, com a intenção de intervir junto com os ensaios de música, os efeitos etc. Então para mim a paisagem sonora é importante, porém é mais do que um registro [compreendido] como possibilidade de criar, propor uma realidade sobre a cidade/mundo em que habitamos.

 

É difícil para mim dizer que eu componho música para rádio; eu diria que o que faço é parte desta pesquisa paa registrar esta sitação sonora e trabalhar com o conceito de distância espacial e que me permite regular o que estou ouvindo. Se gravar em uma sala onde eles estão ensaiando violino, [e me dirigir] para outro quarto onde tocam violão, para dizer algo, posso perceber a distância de minha própria estrada. A proposta que fiz para a Radio Tsonami e para este projeto significa a possibilidade de regular essa estrada e propor ao ouvinte a mesma possibilidade através do som, em uma experiência sonora a partir da incompressibilidade.

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